Este local é, com certeza, dedicado aos 90% do meu cérebro que não tenho certeza de para que servem... Entre um cigarro e outro, entre o dia e a noite, nas beiradas de um talvez qualquer, fico gastando palavras, me espreguiçando nas frases, me escondendo entre as reticências...
Ao leitor deixo o agradecimento pelas palavras que eu não disse, mas que, ainda assim, acabaram por ser ouvidas...


sexta-feira, 2 de março de 2012

Existencialismos... e porque não?

Onde fiquei eu, enquanto os anos corriam velozes? Em que desvãos do tempo eu me escondi afinal? Quem mais soube de mim, esses anos todos? Foi Biquini Cavadão, cantando meu "tédio" arredio?... Ou terá sido Vinicius, me descortinando em "o beijo"?... Talvez Frida Kahlo me escorrendo em suas cores?...
Haverão pedaços de mim na Calcutá de Madre Teresa?...  Meus silêncios estarão no exílio de Tenzin Gyatso?... Correrão minhas lágrimas pela destruida costa nordeste do Japão?... Estarão meus gemidos aprisionados nos acordes de "va pensiero"?... E meus suspiros, estarão acaso deleitando-se nas plantações de alfazema da Provence?... E meus sorrisos, perderam-se talvez por entre as longas avenidas do passado?...
Mas se eu não sei quem sou, se me busco e não me encontro, vou acreditar que adormeci em corações que sequer percebem minha presença... e talvez, bem de repente, e muito confortavelmente, eu me encontre dentro de você...

2 comentários:

Agradeço seu comentário, pedindo apenas a cortesia de observar as regras de urbanidade e educação.