Este local é, com certeza, dedicado aos 90% do meu cérebro que não tenho certeza de para que servem... Entre um cigarro e outro, entre o dia e a noite, nas beiradas de um talvez qualquer, fico gastando palavras, me espreguiçando nas frases, me escondendo entre as reticências...
Ao leitor deixo o agradecimento pelas palavras que eu não disse, mas que, ainda assim, acabaram por ser ouvidas...


quinta-feira, 28 de julho de 2011

A cor do alívio

Estou propensa ao furta-cor... Não me engano, não existe o alívio da cor, porque na hora do "vamos ver" tudo fica monocromático, no máximo em branco e preto ou no dolorosíssimo escala de cinza... Mas o alívio tem cor: a cor de arrancar suspiros, a cor silenciosa da lágrima fugidia, a cor ofuscante do sorriso cansado... Alívio tem cor de cacos juntados, de stacatto, de horas tardias, de portas abertas... Alivio tem cor de rasgo de tinta, de ondas do mar, cor de vento forte, de chuva incessante.... O alívio tem o tom impreciso, vasto e quieto, descompassado. Alívio tem cor de soluços irrefreáveis, cor de "para sempre" e de agora, cor de redenção, de Allegro ma non troppo. O alívio é furta-cor...

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