De tempos em tempos isso ocorre... Maneira singular, um traço impreciso, gesto proibido de enxergar...
Tem uma hora em que se olha pro espelho, uma hora sem cor... nada se edifica, tudo é tão à toa...
Mas, se nada dá certo, se os rumos perdem seus prumos, se os caminhos se descaminham, vale falar em culpas? Recitar o "mea culpa" dos errantes que se enclausuram, aplaudir a republica do caos que se aproxima? E queres que eu pense, que lamente? Que me pergunte, me assunte: o que será de mim sem você?!!! Não, isso não é comigo... Se há que se perguntar, que sejam sobre flutuações sem desculpas, pálidas faces em fuga, bocas pintadas de roxo, desvarios e sussurros. Tumultuado coração incerto, em infernos astrais batendo, batendo, batendo, seu interminável compasso de horrores... E tu dizes que tem algo errado, que alguém é apenas um muito pouco... esse alguém não sou eu... é você!!!! Mas nem esta é a hora certeira de apontar meu dedo, nem este é o momento de lhe dizer basta... Isto será entre você e o tempo... Tempo que não está nem aí pro politicamente correto, esse desvirtuamento da existência, essa covardia de merda...E eu? Eu não te lamento.
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