Não dá mais pra saber quantos caminhos me levam a mim, nem quantos caminhos me afastam de mim...O jovem diz que o mundo muda e a gente muda junto... Penso que não mudo mais, estou plantada num chão de muitos, sem noção, olhando chips e globalização, procurando encontrar uma referência nos regimes milagrosos e nas tendências da nova estação. Ai! Que eu sei que tudo gera empregos, vou ver até se encontro em algum canto dos meus "guardados", a história da construção da arca ou a do cometa halley, será que tem algo a ver?
Minhas orações (que eu rezo todo dia sim), até elas, estão num estado de mutação constante, de negociações com Deus... Há dias que rio muito, mas na maioria me pego assim meio aérea, naquela linha divisória entre ser normal (que eu nem sei mais o que é na verdade) ou estar adentrando os mares infinitos daquela parte (90%) do meu cérebro, que nunca funciona, que eu nem sei pra que serve...Lembro quando tive acesso ao "detecta" - aquele lance da telefônica, que mostra o telefone de quem tá te ligando - fiquei maravilhada.... Enfim, já não precisava mais atender aquela amiga chata, nem o vendedor de seguros, nem um telefone desconhecido... Mas, de repente, o celular!!!! E o mundo justificando, aquele "mas eu preciso", que eu realmente não preciso, porque se a ligação for na rua, não atendo; se for de um telefone desconhecido, não atendo... E o celular, que alguém da familia acreditou mesmo que eu precisava ter, toca inconvenientemente quando eu não vou falar e acabou... Dei ele de presente pro meu dentista e lá se foram os contatos, a agenda, a discagem de voz... lá se foi tudo que nunca usei, incrível!!!!!!
Bem, eu sei que o mundo muda, mas eu não preciso, nem quero, nem vou mudar junto. E não sou retrógrada não, tá... Com a maturidade vem a bendita possibilidade de ser seletiva, desprezar o que não nos interessa, pinçar o que realmente tem importância pra gente...
E nesse momento de horas cinzentas, onde sofro de uma falta amorfa de stress porque estou na sombra, meus pés descalços tocam o chão refrescante e o café fresquinho me olha da xícara, eu me pergunto: quantos caminhos me levam a mim???? E sei que é hora daquela espreguiçada básica, daquele sorriso meio torto de pausa pra cigarro... No final é isso mesmo: todos os caminhos me levam a mim, não significando, necessariamente, que eu vá percorrê-los todos.
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