Pois é!!!! Estou aqui, com uma mente pululante mas não de idéias.... de indignações. Caldeirão fervente de venenos. Eu vejo as pessoas falando muuuiiiiito sobre a política brasileira, leio montanhas de criticas (que são reais, verdadeiras até nas virgulas e nos respingos de saliva dos que gritam fervorosamente), percebo as perguntas nem sempre abertas (como se fosse possível algo meio-formulado!) e meio que adivinho as úlceras que vão detonar meu estomago...
Recuso rótulos. Sou brasileira ponto.
Eu não acredito que me rotular seja tomar partido, sair "de cima do muro". Antes de mais nada, rótulo tira a liberdade, tolhe a gente. Ter rótulos significa não botar as mãos, ou as idéias, ou os pés, em algo diferente do que abraçamos com tais rótulos.
Assim é: se sou católica não posso ser espirita, se sou negra não posso ser india, se sou vegetariana não posso ser carnívora e por aí vai...
Mas está aí uma realidade que não faz minha cabeça
Eu quero é mais ter meus pés plantados em todas as canoas que eu considerar viáveis. Se vou levar tombos? Claro que sim, faz parte. Mas não é o tombo que me assusta, o que me derruba mesmo é não tombar. Quem cai aprende, diversifica, flexibiliza-se e no contexto, se mostra humano, falho e real.
Mas este é só o começo... O que vem por aí eu não sei, porque vou deixar que se desenhe por si só, mas pressinto que tem cara de manifesto, tem jeito de politica, tem cheiro de povo.
Agora, não adianta pensar que aqui se plantará o meu reservatório de gritos lancinantes, de soberba indignação, de agitação política, de opulentas denúncias, porque não se trata disso e nem é essa a minha intenção primeira (ou última).
Tenho pra mim, cá comigo mesma, que isso aqui será, antes de qualquer outra coisa, a voz inquieta de uma brasileira. ponto.
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