Há muitos anos atrás, uns 10 ou 12, meu filho tinha um pequenino cacto. Então ele resolveu transplantar o bichinho para uma fenda no concreto do quintal, à beira do muro.
Com o passar dos anos, o cacto cresceu e cresceu e cresceu, ultrapassando a altura do muro.
Foram anos e anos de nos "espinharmos" direto enquanto aquela enorme "espinheira" crescia...
E, como sempre, a paciência foi regiamente recompensada: há uns dois anos fomos presenteados com flores!!!
Foi realmente uma festa para os olhos e para o coração...
Do meio de tantos espinhos, estoicamente, vieram profusas floradas, que deixaram meu quintal em festa...
Acredito que mais alguns anos e seríamos surpreendidos por frutos, mas ah! mazelas e mazelas!!!
Por reclamação da vizinhança e pela enorme quantidade de minusculos espinhos que vinham enfestando o quintal, trazendo muito incomodo aos cães, às roupas no varal e às nossas mãos e pés, nos vimos obrigados a cortar aquela decoração "sui generis" de nossas vidas...
Ficou um vazio tão grande no muro!!! E um vazio ainda maior no meu coração, pois, espinhento ou não, aquele enorme cacto foi telespectador quieto de tantas festas, tantos problemas, tanta admiração...
Mas deixei duas pequenas folhinhas jogadas num vasinho, que estoicamente já começam a brotar...
Comente
Postar um comentário
Agradeço seu comentário, pedindo apenas a cortesia de observar as regras de urbanidade e educação.