Este local é, com certeza, dedicado aos 90% do meu cérebro que não tenho certeza de para que servem... Entre um cigarro e outro, entre o dia e a noite, nas beiradas de um talvez qualquer, fico gastando palavras, me espreguiçando nas frases, me escondendo entre as reticências...
Ao leitor deixo o agradecimento pelas palavras que eu não disse, mas que, ainda assim, acabaram por ser ouvidas...


domingo, 22 de novembro de 2009

DIVERSIDADE, É DISSO QUE FALO

Sempre que falo alguma coisa, quer eu seja a favor, quer eu seja contra, vou de encontro a críticas nada construtivas ou edificantes... Caras e bocas se voltam para mim imediatamente (me fazem lembrar um poema pouco divulgado sobre os homens puros do Vinicius de Morais) e vejo horror, espanto, distanciamento... Mas eu não vou me calar até porque acredito piamente que tais pessoas estejam equivocadas, focam seu olhar sob um prisma e acabam perdendo uma visão panorâmica (e extremamente privilegiada) da vida. Se eu não gosto da praia, ótimo pra você (no mínimo é um espaço a mais pra você deitar na areia); se eu amo o vento também é ótimo pra você (sou aquele que presta socorro nesses momentos, porque não temo o que amo); se não como frutos do mar (e tem muita gente que também não aprecia), ótimo pra quem gosta (menor procura preço mais baixo); e por aí vai... Não me creio doente por gostar dos raios, das ventanias, das tempestades, da beterraba roxo-escura (que mancha o arroz branco daquela cor linda, como vinho brullé), de jiló frito (tipo batatinha), de café forte, de pele branquinha (daquelas quase translúcidas), de inverno, de bolo de aniversário, de festa de casamento, de daikiri (com suco de lima), de pavê gelado, de coca-cola e água tônica com um fio de curaçau blue, de livros de terror... Também não sou doente por não gostar de caminhadas, de camarão, de praia, de pele bronzeada, de objetos dourados, de nhoque, de cerveja, de Brad Pitt, de funk, de verão, de exercícios fisicos, de regime, de cirurgia plastica, de sorvete, de camisolas, de novelas... A diversidade, na verdade, é que torna bela a vida, que faz o mundo todo colorido... Essa história de ser politicamente correta não existe. Politicamente correto é ser quem sou e deixar que você seja quem você é. Não tem nada a ver com entender tampouco... Eu posso não entender suas escolhas, isso é até normal... O inaceitável é não respeitar essas suas escolhas, é me acreditar melhor do que você por conta de nossas diferenças... É a pluralidade das opções, a diversidade de nossas escolhas que nos faz quem somos. Naturalmente que nem todo mundo vai gostar de quem somos, mas quem disse que o mundo é perfeito?

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